terça-feira, 28 de maio de 2013

AMIGO DE INFANCIA







NAQUELE  TEMPO POUCO SABIAMOS SOBRE O TEMPO MAIS ELE SABIA MUITO SOBRE NÓS CHEGANDO A CATANDUVA VINDO DE CAMPINAS FOMOS MORAR NA RUA PARÁ ESQUINA COM A SERGIPE, A UM QUADRA DE ONDE MEU PAI TINHA A PARARIA REGENCIA.ESTAVA MATRICULADO NA ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO DE EXCELENTE PADRÃO COMO TODAS ESCOLAS PUBLICAS DA ÉPOCA.LOGO AS AMIZADES SE INICIARAM.ABAIXO DE CASA DESCENDO A RUA AMAZONAS DEFRONTE AO FORUM DA CIDADE EXISTIA UMA CASA SIMPLES EM SEU EXTERIOR MAS QUE INTERNAMENTE GUARDAVA UM TESOURO MUITO RARO DE NOMES ABDO E LEONOR PAIS DE MEU AMIGO JOSÉ ALFREDO, PARA MIM CARINHOSAMENTE APENAS ZÉ.TODOS TINHAMOS APELIDOS E NÃO ERAMOS CHAMADOS PELO NOME, ME CHAMAVAM DE ALEMÃO POR SER BRANQUELO E LOIRO.ÉRAMOS FELIZES POIS EM CADA AMIGO EXISTIA UMA GRANDE FAMILIA ONDE CADA AMIGO ERA TRATADO COMO FILHO.
QUANDO IA ESTUDAR AS TARDES NA CASA DO ZÉ JÁ ERA RECEBIDO COM UM BEIJO CARINHOSO POR DONA LEONOR QUE TRANSMITIA AMOR INCONDICIONAL DE MÃE ZELOSA E PRESTATIVA E SEMPRE NOS FINAIS DA TARDE NOS PREPARAVA UMA IGUARIA QUE NUNCA MAIS COMI EM LUGAR NENHUM ,INSUBSTITUÍVEL, A DELICIOSA COALHADA EM BOLAS QUE FICAVAM GUARDADAS DENTRO DE UM GRANDE FRASCO DE VIDRO CONSERVADA EM AZEITE PURO DE OLIVA.O PÃO ERA CASEIRO FEITO POR ELA O QUE ABRILHANTAVA MAIS AQUELE EVENTO MAGICO PARA NÓS.ZÉ ERA EXCELENTE INSTRUMENTISTA E TOCAVA PARA NÓS MUSICAS  EM SEU ACORDEÃO.DONA LEONOR FICAVA OUVINDO SUAS MUSICA E VIA EM SEU OLHAR O SEU ORGULHO PELO FILHO QUERIDO.SEU ABDO DURANE O DIA TRABALHAVA DE ENFERMEIRO DOMICILIAR VISITANDO DOENTES LEVANDO ALÉM DE SEU OFICIO SEMPRE UMA PALAVRA DE ESPERANÇA E FÉ.QUANDO CHEGAVA EM CASA NOS BRINDAVA  COM MUITA ALEGRIA E SENTAVA AO NOSSO LADO PARA OUVIR O ZÉ TOCAR E TODOS NÓS FORMÁVAMOS UMA NOVA FAMÍLIA.ERA UMA LAR FELIZ,LÁ ME SENTIA QUERIDO E NOSSOS PAIS FICAVAM TRANQUILOS POIS SABÍAMOS ONDE ESTÁVAMOS, QUEM ERAM NOSSOS AMIGOS E  EM CADA CASA QUE FOSSEMOS SERIAMOS TRATADOS COMO FILHOS.O TEMPO FOI PASSANDO E NOSSOS CAMINHOS SEGUINDO RUMOS DIFERENTES. FOMOS FAZER FACULDADE EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO,ZÉ NA ÁREA DE DIREITO E EU ECONOMIA.SAIAMOS TODAS AS TARDES DE ÔNIBUS FRETADOS PELOS ESTUDANTES E VOLTAMOS NO INICIO DA MADRUGADA, ISTO POR VÁRIOS ANOS,SEMPRE JUNTOS.ZÉ PERMANECEU EM CATANDUVA E EU FUI PARA SÃO PAULO CONTINUAR MINHA VIDA MAS A AMIZADE CONTINUA INABALÁVEL DESDE OS TEMPOS DE INFÂNCIA E CADA UM NO SEU INTIMO TORCENDO PELO SUCESSO UM DO OUTRO, COMO ACONTECE ATÉ HOJE.SEMPRE SERÁ MEU QUERIDO AMIGO ZÉ DA INFÂNCIA. INDEPENDENTE DOS CARGOS QUE OCUPAMOS HOJE , SEMPRE EXISTIRÁ A MARAVILHOSA RECORDAÇÃO DO CARINHO DE DONA LEONOR E ABDO, DO SOM DE SEU ACORDEÃO, DA COALHADA E DE TANTAS ESTÓRIAS DE NOSSA QUERIDA INFÂNCIA E MOCIDADE.
AMIGO ZÉ, CONTINUAS  GUARDADO DO LADO ESQUERDO DO MEU PEITO.