segunda-feira, 30 de julho de 2012

FELIZ ANIVERSARIO JOAO


Feliz Aniversario João
É fato que criamos o filho para o mundo mas como pai temos a eterna preocupação que seus sonhos se realizem e que vivam uma vida de felicidade.Os anos passam tão depressa mas não esquecemos fatos que são importantes para a vida nossa e deles. Dos caminhos que percorreu, retorno ao tempo e o vejo indo para escola em seu primeiro dia de aula, todo feliz por estudar no colégio onde já estudava sua irmã Thais.Desde cedo se mostrou muito inteligente e perspicaz, observador em tudo que se passava em sua volta sempre responsável e honesto com suas intenções.Lembro de quando foi fazer intercambio no Estados Unidos e morou lá um ano, difícil descrever o sentimento vendo meu filho já jovem cruzar a porta de entrada de embarque do Aeroporto onde nos veríamos só depois de um ano e que  teria que enfrentar um grande desafio de tomar decisões sozinho em uma terra de costumes tão diferentes, mas tinha convicção que isto o iria amadurecer em suas atitudes.No retorno sempre foi muito aplicado nos estudos e com méritos entrou na Faculdade de Engenharia Naval da Politécnica de São Paulo se formando com distinção sendo especialista em Plataformas Marítimas e PHD em Hidrodinâmica.
João , neste dia de seu Aniversário, digo de coração que tenho muito orgulho de você, pelo que representa a todo nós, e mesmo sabendo da dificuldade de nos vermos com com frequência vocês filhos fazem parte diária de minhas orações  e gostaria de estar a seu lado neste dia de seu aniversário para lhe dar um forte abraço e dizer o quanto te amo.Deixo aqui para você uma bela oração de um feliz aniversário com muita paz e saúde
 ANTIGA PRECE IRLANDESA

Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
que os Deuses te guardem nas palmas de Suas mãos

Que a estrada abra à tua frente,
que o vento sopre levemente em tuas costas,
que o sol brilhe morno e suave em tua face,
que a chuva caia de mansinho em teus campos.
E até que nos encontremos de novo...
Que os Deuses te guardem nas palmas de Suas mãos.

Que as gotas da chuva molhem suavemente o teu rosto,
que o vento suave refresque teu espírito,
que o sol ilumine teu coração,
que as tarefas do dia não sejam um peso nos teus ombros,
e que os Deuses te envolvam num manto de amor."

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CESTO DE ROUPA


Em Campinas morávamos na rua Senador saraiva em um casa com terreno em desnível que tinha como entrada uma garagem toda de lajota vermelha eu minha mãe mantinha sempre muito bem encerada, brilhante e ornamenta no fundo com dois enormes vasos de Antúrio branco cuja folhas eram enceradas para ficarem brilhantes.Era seu xodó como dizíamos na época.Através de uma porta de vidro saia para uma área externa com belo parreiral plantado e que dava acesso através de uma escada ao nosso quintal de terra com pés de Manga, Caqui,Abacate, Uvaia, Mamão e muitas outras plantas e foi neste ambiente que passei minha infância, subindo em arvores, comendo fruta no pé, e subir até o topo das arvores sem noção do perigo.Quando fazia arte era em cima do pé de manga que me escondia, observando os movimentos de minha mãe que dava  bronca com amor e nunca me batia, só ameaçava.Em uma tarde convidei meu amigo Tato para brincar na garagem para jogar botão e ao comemorar um gol, tropecei e cai por cima do vaso de Antúrio que se despedaçou no chão. Tato correu para rua e eu para o quintal para me esconder ,mas aquele dia não subi na mangueira seria achado facilmente.Tive então a ideia de me esconder dentro do balaio de vime que meu pai tinha trazido da padaria para colocar a roupa  e me cobri com a roupa para passar e acabei pegando no sono lá dentro do sono e não estava sabendo que estavam me procurando pela casa toda, na rua nos vizinhos e nada de me encontrar.No final da tarde minha mãe resolveu passar roupa e ao puxar o cesto onde eu estava escutava ela dizer de como estava pesado e começou a arrastar ele para fora do quartinho.Quando me vi lá fora dei o maior pulo de lá do cesto, escutei o grito de susto de minha mãe e antes que me pegasse já tinha subido na mangueira. No meio da galhada só se via meu rosto suado e assustado por ter ficado lá dentro do cesto e pelo vaso quebrado.Só desci da árvore quando minha mãe me chamou para comer um pedaço der bolo e tomar leite. Mãe é sempre mãe e a minha era maravilhosa e tenho certeza que está junto do Pai

PASSAGEM DE ANO


Naquele tempo morávamos em Campinas no centro onde meu pai tinha uma padaria e que ficava distante em torno de 1 km da estação rodoviária.Tinha na ocasião 10 anos de idade.Como era final de ano fomos convidados a passar a passagem do ano na casa de meu tio Zeca em São Paulo pois tinha se casado e seria a primeira festa que daria em sua casa uma vez que quando solteiro morou sempre conosco na padaria que tinha nossa casa anexa.Fomos então de Cometa para São Paulo, meus pais , minhas irmãs Angela, Maria Lucia , eu e Dulce minha irmã caçula. Foi realmente um passeio muito bonito pois como crianças era muito importante viajar de ônibus e ainda mais viajar para São Paulo uma cidade grande. O melhor estava por vir. Na volta como o ônibus estava lotado não foi possível ficarmos todos juntos e ficamos em lugares separados . Ao chegar em Campinas meu pai pediu ao motorista que nos deixasse na subida do pontilhão que ficava apenas um quarteirão de nossa casa e assim foi feito, desce bagagem,família e o ônibus parte.Feita contagem faltava a Dulce, tinha sido esquecida dentro do ônibus e lá ia ele embora para a estação. Meu pai e eu desesperados começamos a correr atrás do ônibus em plena madrugada e como tinha mais preparo físico acelerei a corrida e corri toda aquela distancia a fim de alcançar o ônibus. Para minha surpresa quando cheguei na rodoviária vi ele já saindo para Santos e fazendo o balão de retorno e num ato de desespero entrei em sua frente no meio da rua abanando os braços pedindo para que parasse e consegui e ao abrir a porta para mim disse a ele com fala ofegante- “Esqueci minha irmã Dulce no ônibus”. Entrei pelo corredor a sua procura e a encontrei dormindo na cadeira na maior tranquilidade. Acordei ela sonolenta de mãos dadas descemos do ônibus sob aplausos dos passageiros e já avistei meu pai que já vinha chegando. Foi um grande susto mas que terminou com final feliz

terça-feira, 24 de julho de 2012

FORMATURA


Quando ingressei na Faculdade  de Medicina, estava um pouco na contramão da historia pois naquela idade a grande maioria já estava se formando e eu entrando para estudar com 30 anos, casado, com 2 filhos sendo que o terceiro nasceu no meu segundo ano da Faculdade.Era o aluno mais velho da Turma e da Escola e  tinha o apelido carinhoso de Vô.Foram anos de muita luta e dedicação e dificuldades pois tinha que estudar de dia, dar aulas a noite e financiar meu estudo na Caixa pelo Credito Educativo.Muitos me perguntavam com ironia com quantos anos iria me formar o que respondia que seria quando minha filha mais velha faria 9 anos de idade.Teria pela frente uma longa vida a ser vivida, um futuro melhor a ser buscado, um sonho a ser realizado.Me formei com 36 anos, cursei Residência em Ribeirão Preto 2 anos em Ortopedia na Santa Casa na equipe do Dr Tarquínio e voltei para Catanduva para iniciar minha carreira de médico aos 39 anos de idade.Naquele dia tão especial de 1982, eu de Beka junto aos demais colegas da Oitava turma tivemos nossa colação de grau no Cine Bandeirantes. Era noite de festa, emoção, sensação de dever cumprido, ansiedade da que viria a seguir em nossa vida e em nosso sonho.Do local onde estávamos sentados podíamos observar nossos familiares e amigos e sentíamos a energia positiva que reinava naquele ambiente .Usaram da palavra o Diretor Dr Carlos Elisio, nosso Patrono Dr Nathan, e nosso colega Busnardo em nome da Turma.Ao ver minha família ao fundo sentia a emoção forte daquele momento, o orgulho de ver minha meta cumprida, a esperança de uma nova vida e um longo filme passa pela sua cabeça desde a infância até aquele momento mágico de todos que foram importantes e fizeram parte desta jornada. Quando fui chamado para receber meu Canudo, o recebi de meu amigo de infância Dr Armindo já médico formado, foi um abraço com muita emoção pois sabia  de minha luta por ter chegado até ali, e não contive as lagrimas, num gesto instintivo levantei o Canudo bem alto olhando para meus filhos oferecia a eles aquele troféu pelo incentivo e pela força recebida nas horas difíceis por não ter podido ficar mais tempo com eles  e junto a meus familiares.Terminada a cerimônia, quando descemos para os cumprimentos, lá no corredor meus 3 filhos vieram correndo e ajoelhado os abracei , chorei de emoção pois a partir daquele momento uma nova vida se iniciaria para todos nós. A todos os que contribuíram para que eu chegasse lá , minha eterna gratidão.Neste ano completo 30 anos de formado, confesso que faria tudo de novo para poder dar para as pessoas , dedicação, caridade e fraternidade pelo muito que recebi

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CAVALO NA PISCINA

Quando residi em Catanduva, trabalhava como médico Ortopedista nos Hospitais Padre Albino e Emilio Carlos ligados a Faculdade de Medicina e para tanto construí minha casa em área próxima pelos constantes chamados para atendimento. Era uma casa não luxuosa mas confortável com amplo jardim,área de lazer com piscina e uma quadra de tênis.Como era Radioamador na época possuía nos fundos da casa um quarto com meus equipamentos de rádio e uma antena de transmissão de 12 mts de altura que me permitia conectar com Brasil e exterior. Aconteceu que naquele dia deste fato cheguei tarde em casa após uma grande cirurgia e fiquei direto na casa não saindo para sua área externa. Já tarde da noite fui dormir e meu quarto tinha uma janela que tinha vista para a piscina. Já de madrugada acordei com um estrondo terrível de algo acontecendo lá fora  na piscina e quando abro a janela vejo um enorme cavalo dentro da piscina. Mentalmente me perguntei o que estaria um cavalo fazendo dentro da piscina a esta hora e como entrou lá uma vez que a casa era toda murada.Passado a surpresa isto só poderia ter sido arte de meu filho mais novo João Vitor  que adorava animais.Acordei ele e lhe peguntei como aquele cavalo tinha caído dentro da piscina.Ainda sonolento me disse que tinha a tarde amarrado ele na minha torre e que iria tirar ele assim que eu saísse pela manhã para levar para outro lugar e que o tinha trocado em sua bicicleta e não tinha onde guardar o cavalo.Plena madrugada todos em volta da piscina  eu de pijama pensando em como tirar o cavalo lá de dentro sem danificar a piscina e machucar o animal. Entrei na piscina,  coloquei cabresto nele e iniciamos uma tentativa de faze-lo correr na piscina e saltar para fora dela. A primeira tentativa quase funcionou, conseguiu colocar as patas dianteiras e meio corpo para fora da piscina mas voltou caindo de costa dentro dela novamente em grande estilo.Acho que terei que chamar o Corpo de Bombeiro para retirar ele daqui pensei.Fizemos nova  tentativa mas calçamos na área de saída vários panos para que suas patas não derrapassem no piso liso da parte externa da piscina e iniciamos novamente a manobra de levarmos ele até uma extremidade e faze-lo correr na piscina para o salto e pela nossa sorte e felicidade ele num pulo conseguiu sair dela. Alivio para todos e maior ainda para João Vitor que viu seu cavalo a salvo. No dia seguinte foi transferido para a chacara de meu grande amigo e inesquecível Chico Nino

domingo, 22 de julho de 2012

FOTO DE FAMILIA

Esta foto familiar me foi mostrada ontem,inédita para mim  e data de um domingo de Pascoa de 1946 onde no cento da fotos estão meus avós José e Angelina com todos seus filhos, filhas e netos. Foi difícil controlar a emoção pelo tudo que esta imagem representa do passado de luta, vitorias,derrotas, alegrias, frustrações que continua até nossos dias.Vou dar aos amigos uma dica de onde estou.Me desculpem os demais mas estou no colo da mulher mais maravilhosa e deslumbrante desta foto, minha querida mãe tendo atrás de pé meu querido pai.Impossível conter  as lagrimas com esta foto

sábado, 21 de julho de 2012

PRECE DE CARITAS

Aos domingos meu pai já com idade avançada e saúde precária vinha almoçar em minha casa.Sentado a mesa, sempre na cabeceira em sinal de respeito pelo tudo que significou em minha vida lhe pedi que fizesse uma oração. Ele então iniciou
Deus nosso Pai,
que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
dai ao viajante a estrela Guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai,
dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito, a verdade,
à criança o guia,
ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

FILHOS

Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci. Porque no final vocês venceram também!