Naquela manhã tinha ido brincar com meu primo Cesar no largo
do Pará em Campinas onde passei boa parte da manhã e quando voltava para casa
encontrei no chão de uma casa em construção um pedaço de ferro dobrado e vinha
com ele batendo nos postes de ferro da iluminação publica para escutar o som
metálico que produzia.Quando estava a uma quadra de casa ao passar pelo muro que
cercava a linha férrea resolvi me desfazer do ferro e o lancei para cima e este
atingiu a rede de alta tensão de alimentação da rede e fecho u curto circuito.
Em segundos, tudo começou a estourar e sair fogo para toda fiação dos postes da
rua onde os fios iam estalando alto e explodindo em chamas lançando fagulhas
para todos os lados da rua e com umas fumaça intensa. Assustado pois nunca tinha
visto aquilo e não esperava por isso na minha vida, desci correndo a rua com
tal velocidade que senti meus calcanhares baterem nas minhas costas e entrei como
o um foguete na padaria e já em segurança fiquei observando assustado todo aquele trupé, o desespero
das pessoas que estavam na rua e procurando se esconder em um lugar seguro. No
meio de toda esta confusão vinha descendo um velhinho de bengala que mal
conseguia anda re ficou parado no lugar, assustado sem poder se mover e foi
salvo pela italianada da rua que correu em sua direção e o carregou no colo
para um lugar seguro.
Houve um corte geral da rede, tudo se apagou na rua e na
região, os bondes pararam de circular, bem como os trens não podiam passar,
pois os fios romperam, e foi o caos na região.Como não existe crime perfeito os
boatos se iniciaram que tinha sido visto um menino branquinho, magrinho jogando
o ferro no fio e sair correndo.Até hoje estão procurando este elemento que se
evadiu do local sem deixar pistas.. Fiquei uma semana sem sair de casa com medo
de ser identificado pois a Cia de Energia queria saber quem foi o sabotador .
No quarteirão a italianada como sempre, nada viu e não sabia de nada. Neguinho
era muito querido no pedaço.Em pouco dias estava na rua cantando; E paizano, E
paizano, E paizano como está.
Finalizando não preciso esconder que levei a maior surra do
meu pai pela arte, mas isto não abalava minhas estruturas e seguia cantando e
levando a vida em minha infancia querida de moleque de rua.
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