Em Campinas morávamos na rua Senador saraiva em um casa com
terreno em desnível que tinha como entrada uma garagem toda de lajota vermelha eu
minha mãe mantinha sempre muito bem encerada, brilhante e ornamenta no fundo
com dois enormes vasos de Antúrio branco cuja folhas eram enceradas para
ficarem brilhantes.Era seu xodó como dizíamos na época.Através de uma porta de
vidro saia para uma área externa com belo parreiral plantado e que dava acesso através
de uma escada ao nosso quintal de terra com pés de Manga, Caqui,Abacate, Uvaia,
Mamão e muitas outras plantas e foi neste ambiente que passei minha infância,
subindo em arvores, comendo fruta no pé, e subir até o topo das arvores sem
noção do perigo.Quando fazia arte era em cima do pé de manga que me escondia,
observando os movimentos de minha mãe que dava
bronca com amor e nunca me batia, só ameaçava.Em uma tarde convidei meu
amigo Tato para brincar na garagem para jogar botão e ao comemorar um gol,
tropecei e cai por cima do vaso de Antúrio que se despedaçou no chão. Tato
correu para rua e eu para o quintal para me esconder ,mas aquele dia não subi
na mangueira seria achado facilmente.Tive então a ideia de me esconder dentro
do balaio de vime que meu pai tinha trazido da padaria para colocar a roupa e me cobri com a roupa para passar e acabei
pegando no sono lá dentro do sono e não estava sabendo que estavam me
procurando pela casa toda, na rua nos vizinhos e nada de me encontrar.No final
da tarde minha mãe resolveu passar roupa e ao puxar o cesto onde eu estava
escutava ela dizer de como estava pesado e começou a arrastar ele para fora do
quartinho.Quando me vi lá fora dei o maior pulo de lá do cesto, escutei o grito
de susto de minha mãe e antes que me pegasse já tinha subido na mangueira. No
meio da galhada só se via meu rosto suado e assustado por ter ficado lá dentro
do cesto e pelo vaso quebrado.Só desci da árvore quando minha mãe me chamou
para comer um pedaço der bolo e tomar leite. Mãe é sempre mãe e a minha era
maravilhosa e tenho certeza que está junto do Pai
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